40º Salão de Arte de Ribeirão Preto Nacional Contemporâneo (SARP)

40º Salão de Arte de Ribeirão Preto Nacional Contemporâneo (SARP)
zweiarts

40º Salão de Arte de Ribeirão Preto Nacional Contemporâneo (SARP)

Leia abaixo minha entrevista para o blog do 40º SARP ou acesse o link para saber mais: SARP

Quando e como começou a trabalhar com arte? 

Desde 1995 a caligrafia disciplinou o meu olhar para a linha  e tornou a escolha do preto muito familiar em meus trabalhos devido ao nanquin. Na Itália, 10 anos mais tarde, estudando com artistas por 2 anos, conheci a caligrafia artística. Esse encontro atraiu meu interesse para a expressividade do gesto. E em 2008, de volta a São Paulo,  foi cursando artes plásticas que escolhi a pintura como linguagem. A partir de então, minha participação em grupos de reflexão em arte e em exposições tem sido frequente. Na prática recente, o desenho tornou-se também uma linguagem habitual.

Fale sobre sua formação na área artística

Licenciada em Letras pela USP, estudei caligrafia clássica enquanto morei em Nova York . Lá conheci instituições de arte e tomei contato com muita pintura. Residindo em Milão,  cursei uma variedade  de expressões em caligrafia artística e diversifiquei meus instrumentos de trabalho para além da pena. Foram 2 anos  intensos de convivência com a cultura local e com as tensões entre passado e presente trazidas aos meus olhos pelos artistas com os quais estudei na Associação Caligráfica Italiana. Em São Paulo, depois de formada em artes plásticas, generosos mestres e interlocutores , como Paulo Pasta, Rodrigo Naves e Marcelo Salles têm me favorecido pela convivência e pela análise de questões sempre relevantes para o desenvolvimento do meu trabalho. Desde 2014 integro o grupo Pigmento e igualmente me beneficio do olhar-educado-em-arte de meus colegas artistas.

Quais questões tem mobilizado sua criação na atualidade? Alguma influência que gostaria de citar?

São diversas questões e muitas influências. No recorte da atualidade, ha´uma presença em minha pintura que se tornou marcante: um lugar. Ou melhor, minha pintura atual está mobilizada em expressar a minha tentativa de imbuir a tela de um lugar. E nessa tentativa mora a tensão entre a arquitetura e o lugar que quase tento tornar palpável. E nesse lugar tudo pode acontecer ou mudar: e´um espaço aberto de possibilidades.

Fale um pouco sobre o trabalho inscrito 

As 3 obras selecionadas fazem parte de minha produção atual (2014 e 2015). E assim, elas exemplificam a questão da tentativa da minha pintura em construir um lugar, como citado anteriormente.  Há em cada tela a coexistência de possibilidades que tensionam o espaço;  são evidências da fixação desse lugar ao mesmo tempo que sinalizam o instante quando isto pode mudar.